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QUANDO FICAR DOENTE E PERDER O APETITE, OUÇA O SEU CORPO, ELE PODE ESTAR TE DANDO UM RECADO.


Quando estamos doentes, muitas vezes, perdemos o apetite. Pode ser o nosso corpo falando como combater a doença. Pelo menos, é o que sugere as pesquisas de Ruslan Medzhitov, professor da Universidade norte americana de Yale.


O pesquisador submeteu populações de ratos de laboratórios a uma bactéria infeciosa, Listeria monocytogenes, causadora de intoxicações alimentares, inclusive em humanos. Esta bactéria, normalmente, causa sintomas semelhantes a de uma gripe. Mas, quando atinge o sangue, pode causar meningites e perigosos quadros de septicemia, podendo ser fatal.


Na pesquisa, foram realizados vários experimentos. No primeiro deles, ratos infectados ficaram doentes, mas privados de alimentação, a maioria sobreviveu. No segundo, os ratos doentes foram alimentados a força, e a maioria morreram.


Intrigado, ele diversificou o experimento e submeteu os ratos infectados a três tipos de alimentação características: com carboidratos (glicose), lipídios e proteínas. A maioria dos ratos alimentados com carboidratos morreram, os submetidos a dieta lipídica e proteica, geralmente, sobreviveram.


Os resultados sugeriam que a glicose interferia na sobrevivência dos ratos doentes e levaram a duas hipóteses: ela favorecia as bactérias ou afetavam a capacidade do sistema imunológico responder a infecção? Visando responder a questão, um grupo de ratos infectados recebeu alimentação rica em carboidratos (glicose), juntamente, com uma droga que inibia a absorção celular da glicose. A maioria destes ratos sobreviveu a infecção, embora as bactérias estivessem bem nutridas pela glicose.


Estudos posteriores relacionaram a privação celular de glicose com o consumo de gorduras pelo metabolismo celular dos ratos, um processo que leva a produção de corpos cetônicos, que de alguma forma, parece favorecer a resposta do sistema de defesa dos ratos. Portanto, parece que realmente, respeitar a falta de apetite frente a doenças seria uma boa ideia, pelos menos no que diz respeito aos alimentos ricos em carboidratos.


Mas será que para uma virose os resultados seriam os mesmos?


Para responder à questão, o pesquisador infectou ratos com o vírus da gripe (Influenza vírus) e forneceu alimentos ricos e carboidratos (glicose) para um lote de ratos e outros foram submetidos a um jejum. E algo diferente ocorreu, o lote alimentado sobreviveu, o submetido a privação de alimento morreu. Portanto, para sobreviver a gripe foi essencial aos ratos uma boa nutrição rica em carboidratos, o que permitiu, um melhor funcionamento do seu sistema imunológico.


A próxima etapa da pesquisa é verificar se os dados obtidos em ratos são válidos para humanos.


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