Altos níveis de radiação, uma barreira a sobrevivência em Marte.
Em 2011 foi lançado o projeto Mars One que pretende estabelecer na próxima década um assentamento humano permanentemente em Marte. Dentro das iniciativas do projeto, foi aberto um processo de inscrição para a seleção de pessoas interessadas em fazer parte da primeira colônia. Mais de 200.000 se inscreveram. É uma iniciativa desafiadora. É uma viagem provavelmente sem volta e muito perigosa, cheia de desafios a sobrevivência humana. Entre eles, a grande quantidade de radiação que os futuros colonos estará exposta. Apenas durante os seis meses de viajem da Terra até Marte, a exposição corresponderá a 60% da exposição prevista para uma vida toda. E em Marte o problema continuará, pois, a quantidade de radiação incidente na superfície é muito maior que a verificada aqui na Terra. Aqui estamos protegidos pelo poderoso campo eletromagnético terrestre, que desvia a maior parte da radiação. A exposição prolongada a radiação tem efeito devastador sobre os seres vivos, pois provoca danos as biomoléculas, entre elas, a do DNA, aumentando o risco ao desenvolvimento de câncer, doenças degenerativas do sistema nervoso, infertilidade e catarata.