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UM PEIXE QUE PRODUZ ÁLCOOL


A produção biológica de álcool, por bactérias e fungos, é um processo bem conhecido, chamado fermentação alcoólica. Neste tipo de fermentação, moléculas orgânicas na ausência de oxigênio, especialmente, a glicose, são convertidas em álcool, dióxido de carbono e moléculas de ATP, a molécula energética que sustenta as atividades celulares. Nos animais, seres multicelulares, muito mais complexos e que precisam de muita mais energia (ATP), predomina o processo aeróbico de produção de energia, a respiração celular aeróbica. Mas, os animais possuem um metabolismo anaeróbico parcial. Alguns tipos de fibras musculares, em condições anaeróbicas, realizam fermentação láctica, produzindo a partir da glicose, moléculas de ATP e ácido láctico. Mas, esse metabolismo não pode se prolongar por muito tempo, pois, uma grande produção ácido láctico provoca danos as estruturas celulares. Recentemente, foi descoberto que os peixinhos dourados, organismos muito utilizados como peixes ornamentais em aquários, conseguem sobreviver vários meses em condições com pouquíssimo oxigênio, realizando fermentação láctica, sem sofrer danos. Isto é possível, pois há uma via metabólica em suas células que converte o ácido láctico em álcool, que é posteriormente eliminado para fora do seu corpo pelas brânquias. Até ser eliminado, o álcool circula pelo sangue em uma concentração de cerca de 55 mg por 100 mililitros, concentração que em humanos seria possível ser registrados em bafômetros e caracterizar consumo inadequado de bebidas alcoólicas para a condução de um veículo. No peixinho, esta concentração alcoólica os deixa com os movimentos mais lentos.

 

Prof. Marco Nunes

Editor do Nerd Cursos - Biologia

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Vitória da Conquista - Bahia - Brasil


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