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ADEUS, PEIXE-ESPÁTULA CHINÊS.


Mais uma espécie está oficialmente extinta. Foi o peixe-espátula chinês, Psephurus gladius. Uma espécie muito antiga. Viveu por cerca de 200 milhões de anos, sem muitas modificações. Era uma espécie endêmica, sendo encontrada, somente no rio Yangtze. Uma espécie endêmica é uma espécie restrita a uma determinada região.


Organismo impressionante. Um dos maiores peixes de água doce do mundo. Chegava a medir 7 m de comprimento e pesar até 450 kg. Tinha um longo focinho na cabeça (espátula ou rostro), que agia como um detector de ondas eletromagnéticas produzidas pelos músculos de suas presas, outros peixes de pequeno e médio porte. Possuia uma pele coriácea (sem escamas).


Foi mais uma vítima da extinção em massa do “Antropoceno”. Pesca excessiva para alimentação humana e a construção de barragens para a geração de energia elétrica, parecem terem sido as causas da extinção. A construção de barragens, modifica o habitat, transformando rios de correnteza (lóticos) em rios de águas lentas (lênticos), modificando as características abióticas (não vivas) e bióticas (na comunidade biológica). As barragens, ainda, dificultam migrações para locais de reprodução e separa populações, diminuindo o fluxo gênico. Outro fator que pode ter contribuído para a extinção foi a poluição ambiental por esgoto, metais pesados e agrotóxicos. Estudos mostram, que mais 140 espécies de peixes do rio Yangtze podem em breve ter o mesmo destino do peixe-espátula.



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