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CARNE NA MESA SEM MORTE DE ANIMAIS


Boa parte da população humana gosta de comer carnes, especialmente, as de bois, porcos e frangos. Mas muitos, tem um incomodo, a necessidade da morte de seres vivos e os modos de criação dos animais que vão para a mesa.


Atentos a este dilema, algumas empresas estão buscando oferecer carne sem a morte de animais. É o caso da norte americana Just, sediada em São Francisco. Ela pretende, em breve, colocar no mercado carne de frango produzida em laboratório a partir do cultivo de células-tronco presentes nas penas, sem a necessidade de abater as aves.


No processo de produção da carne sintética, células-tronco são introduzidas em um biorreator, aparelho que mantém a temperatura constante e fornece substâncias que estimulam a divisão celular e sua diferenciação em tecido muscular (carne), além de nutrientes, como, água, oxigênio, glicose, aminoácido e sais minerais.


Quem já experimentou a carne de frango sintética, em testes de degustação, relatou que após frita a carne era crocante por fora, macia por dentro e com gosto bem parecido ao frango convencional.


Você comeria esta carne de laboratório?


Algumas pessoas apostam que sim. Tanto que há vários investidores de peso colocando dinheiro em projetos semelhantes ao da Just. É o caso da maior empresa de processamento de carnes dos Estados Unidos, a Tyson Foods, que pretende ser no futuro a maior empresa mundial de produção de carne celular.


Impacto ambiental da produção de frangos x carne sintética


Além do dilema ético, há preocupação quanto aos impactos ambientais da criação de animais. No caso da criação intensiva de frangos, incluem:


  • a alteração da paisagem natural para a instalação dos galpões de criação e para o cultivo de plantas para a produção de rações, milho e soja, por exemplo;

  • contaminação do solo e águas por urina e fezes das aves, alterando a quantidade de nutrientes, em particular da amônia, contribuindo para o processo de eutrofização das águas.

  • contaminação do ar com gases irritantes (amônia) e rico em bactérias intestinais das aves, gases do efeito estufa (metano), produzido por bactérias no intestino das aves, contribuindo para o aquecimento global.

  • Uso intensivo de antibióticos, que contribui para a seleção de bactérias multirresistentes, algumas delas capazes de parasitar o homem.

  • Risco de desenvolvimento do de variedades do vírus da gripe potencialmente perigosas ao homem.

  • Alto consumo de água e energia.


Alguns estudos científicos sobre o impacto de produção de carne sintética mostram que o processo consome de 7% a 45 % menos energia, emite 78% a 96% menos gases estufa, exige 99% menos terra e 82% a 96% menos água. Outra vantagens seria a produção de uma carne livre de vírus e bactérias, bem como, a não utilização de antibióticos no processo.

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